sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O TEMPO

O TEMPO

Lembro-me do tempo
Em que as horas não passavam
Onde os minutos eram contados
E os dias pareciam maiores
O meses como demoravam a chegar
A duração de um ano se igualava a eternidade
Lembro que contava os dias
Para chegar o final do ano
Nossa! como recordo desse tempo!
Quanta ansiedade!
Quantos sonhos!
Que não se concretizaram
Lembro-me de conversas sem fim
Onde o tempo nem se percebia
As horas passarem
Mas não serem notadas
Somente o prazer do diálogo
Era predominado
Não sei como definir
Mas me vem a mente
O silêncio
Como se o tempo e o silêncio sincronizassem
Se fundissem
flutuassem
Na imensidão deste Universo
Onde se podia ouvir o canto dos pássaros
Lembro-me do aroma após a chuva
O cheiro de terra molhada
O cheiro do capim
De olhar o céu
As montanhas
E a ficar horas a fio a contemplar
Tudo parecia ter sentido
O amor era querido
Havia ingenuidade
Pureza
Procura
Descobrimento
Ah! Se o tempo pudesse parar
Que fosse ele perpetuado
Emoldurado
Guardado
“Para que hoje pudesse Ter valor!”
Seria ele uma relíquia!
Não teria preço a ser pago
Seria trancado em um cofre
Cuja chave se jogaria
E hoje o passado voltaria
Pois o tempo não passaria
E sim presentearia
A dona de seu tempo
Rosemary

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