sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Incerteza

INCERTEZA

Será que realmente estamos dispostos a pagar um preço? Para que este país possa vencer e
fazer parte da lista de países de primeiro mundo?
Será que sabemos o valor de uma vida? Ou será que somos uma geração de omissos e fingimos nada ver, observar,...
Será que somos indiferentes às circunstâncias que nos cercam?
Sabemos a razão ou a causa da criminalidade?
Procuramos ou buscamos saber?
Levamos para discussão na sociedade em que vivemos?
Será que somos justos, quando apontamos?
E se estamos fazendo alguma coisa, podemos elencar?
Ou enganamos a nós mesmos, se fazendo de super-homens para a mídia.
Escondendo atrás de uma máscara de humildade, solidariedade e preocupação com a sociedade.
Qual foi a última fez que você visitou uma favela?
E você! Consegue visualizar as necessidades do povo, em suas casas luxuosas, ar condicionado, boa alimentação, lazer, sim porque você merece devido o estresse do ano. Você merece esse descanso, para poder criar, não é?
Quando foi que você ouviu pela última vez a voz do miserável, desgraçado, os excluídos?
Existe até o dia, o dia do grito dos excluídos.
Que beleza, não é? Você até participa, grita forte, sai nas fotografias...
Mais você sabe o valor de um abraço?
Você sabe que trabalha para um povo carente?
Você acredita mesmo em transformação?
O que tem feito? Pode elencar?
Você sabe o quanto custa esperar?
Seja na guia de uma consulta, um exame, emprego, uma chance, uma oportunidade, a comida do dia seguinte...
O dia do pagamento, sim porque as maiorias dos brasileiros só descansam e são felizes nesse dia.
Você já olhou nos olhos de uma criança pedindo socorro?
O que você fez?
Já sei, você parou, foi ouvir o que a criança tinha a dizer, abraçou tentando passar amor, tranqüilidade, confiança, que agora você iria interceder pôr ela, iria ajudá-la, não é?
Mas fazemos reuniões e reuniões, falamos bonito, falamos alto para todo mundo ouvir.
Mas no dia-dia, em nosso cotidiano seremos absolvidos?
Podemos deitar e saber que fazemos parte do processo de transformação?
Deixamos de viver um momento em detrimento do próximo?
Não necessitamos ir tão longe, vamos começar a olhar para a nossa família.
Quanto tempo faz que você não abraça seus filhos, seus pais, avós? Quanto tempo faz que você não gasta o seu tempo para ouvir aquele amigo que passa dificuldade? Ser amigo do que te dá retorno é melhor, não é?
Mas é um corre-corre, você não pode mais perder seu tempo com futilidade, não é?
Eu me pergunto quem mais necessita de ajuda, o sensato, trabalhador, responsável, fiel, confiável, não te dá trabalho, possui ótimas idéias, sempre te defende, não é crítico, sempre diz amém ou aquele chato irresponsável, infiel, preguiçoso, só critica, não quer nada com nada e ainda pôr cima só te dá problema.
E eu reflito e questiono quem mais necessita de ajuda? Se for pensar bem, acho que as duas partes, mas sem sombra de dúvida a segunda pessoa.
Mas o que fazemos? Ouvimos? Somente julgamos e excluímos? Sim porque nós temos moral, somos trabalhadores, não podemos nos misturar com essa gentinha, esse sem-vergonha, que não quer nada com nada, preguiçoso, serviço tem é só procurar..., mas o danado só quer encher a cara..., não vou perder meu tempo e nem dinheiro com este malandro..., não tem mais jeito..., foi ele que quis assim..., não sabe esperar..., é um grosso..., mal educado..., pra comprar droga ele tem dinheiro...
E aí eu pergunto já julgamos ou não?
Por que fazemos então reuniões em defesa dos míseros?
Somos uma nação hipócrita, cobramos do próximo, mas não cobramos de nós mesmos?
Deixamos de exercer nossa cidadania, não queremos nos envolver, incomodar.
Sabemos muito bem criticar, mas não apontamos soluções.
Ficamos de escanteio e espectador esperando que o próximo faça sua parte.
Ah! Como o Brasil necessita de gente disposta a trabalhar, desde que não seja eu!
Es tu meu irmão! Acoooorda!
Desperta!
Só podemos transformar alguém através do amor! Da confiança! Da renuncia!
Do nosso tempo! De nossa vida! Profissão! Carreira! Lazer!
Temos que nos empreendermos nesta luta confiantes, sabendo que teremos que primeiro plantar, para depois colhermos.
Temos que saber que não há vitória sem luta.
Temos que parar de ser imediatistas, querendo que tudo se resolva na hora.
Temos que ser persistentes, persuasivos, ousados, criativos, dinâmicos e surdos.
Surdos sim, porque como experiência já vi muita gente dizer “não vai dar certo”.
Temos que acreditar, a Ter fé, porque a fé é a certeza do que não é visualizado.
Temos que deixar de fazer ações com holofotes a nos iluminar.
Muitas vezes é em pequenos gestos que se conquista uma vitória, uma confiança, um amor.
Então companheiros, ou camaradas ou você que está lendo vamos refletir?
Você tem certeza que não é necessário nesse processo de transformação?
A luta não começa por você?
Se não, pôr quem?
Pode dizer?
Rosemary Sanches Teixeira

Arquivo do blog